
ainda houve quem guardasse
do já extinto abominável pesadelo
as unhas estragadas do gigante
que por luminosa vez se revelou
guardadas em cerrados punhos
porque em altura certa irá moê-las
descurando o moinho que é humano
para cobri-lo de seda noutro sonho
num tempo que se crê de espera
quer ressurrecto o grito do gigante
à sombra dum moinho cadáver
é neste encontro de cama lavada
que alguém ensina a receita
da sopa para o dia comum