mergulho aprumado, a heroicidade
branca inocência em não justificar diademas do sacrifício
em não perfilhar as várias transmutações da carne
no intuito de mais tarde dissecá-las
em ângulos gordos a emurchecerem
à passagem do brilho indeciso do ponteiro
ângulo púrpura
: a arena
lar de afectos animalescos
recinto do mais trabalhado instinto
onde irrompe um fulgor de sangue em transição
que borbota do carvão ancestral
e tilinta fome
submissos ao pulsar da areia amarelada
os amantes ocupam hesitantes os seus lugares
– um mirabolante tabuleiro de xadrez
[chamariz sexual]
um jogo de regras quebradas
colunas frágeis conexas à miríade de poros
nevroticamente tensas
estudam no mapa epidérmico a cíclica migração dos fluidos
sombras que ameaçam subterfúgios protegidos
os amantes aprenderam a burlar a púrpura condescendente
emanada da carga mitológica que alumia a história
passado reforçado por arestas de exausta verosimilitude
na arena
[expansível palco da libido]
hienas escarvam enlouquecidas pelo amor
encenam sete minutos de sucção
sublimando expoentes limítrofes da carne
planeiam ao pormenor
a geometria única de lanhos infligidos à jugular
assim o desespero das criaturas
o mais alto sacrifício na desonra da dignidade
mescladas as várias tonalidades do sangue
que elas ainda não compreendem
ao de leve o vento na areia manchada
brisa dúbia da sentimentalidade
turbilhão de tubos ao redor da cama no subterfúgio
covil à mercê da união mordaz de cateteres
corpo trémulo ciente da sua cumplicidade negra
em abjecta armadilha
ao espectador
desdobra-se sanguinário o origami poligonal
porque o medo escurece a carnalidade
e os infames amantes acabam por se desencontrarem
nos corredores
branca inocência em não justificar diademas do sacrifício
em não perfilhar as várias transmutações da carne
no intuito de mais tarde dissecá-las
em ângulos gordos a emurchecerem
à passagem do brilho indeciso do ponteiro
ângulo púrpura
: a arena
lar de afectos animalescos
recinto do mais trabalhado instinto
onde irrompe um fulgor de sangue em transição
que borbota do carvão ancestral
e tilinta fome
submissos ao pulsar da areia amarelada
os amantes ocupam hesitantes os seus lugares
– um mirabolante tabuleiro de xadrez
[chamariz sexual]
um jogo de regras quebradas
colunas frágeis conexas à miríade de poros
nevroticamente tensas
estudam no mapa epidérmico a cíclica migração dos fluidos
sombras que ameaçam subterfúgios protegidos
os amantes aprenderam a burlar a púrpura condescendente
emanada da carga mitológica que alumia a história
passado reforçado por arestas de exausta verosimilitude
na arena
[expansível palco da libido]
hienas escarvam enlouquecidas pelo amor
encenam sete minutos de sucção
sublimando expoentes limítrofes da carne
planeiam ao pormenor
a geometria única de lanhos infligidos à jugular
assim o desespero das criaturas
o mais alto sacrifício na desonra da dignidade
mescladas as várias tonalidades do sangue
que elas ainda não compreendem
ao de leve o vento na areia manchada
brisa dúbia da sentimentalidade
turbilhão de tubos ao redor da cama no subterfúgio
covil à mercê da união mordaz de cateteres
corpo trémulo ciente da sua cumplicidade negra
em abjecta armadilha
ao espectador
desdobra-se sanguinário o origami poligonal
porque o medo escurece a carnalidade
e os infames amantes acabam por se desencontrarem
nos corredores
3 comentários:
e é ao de leve que venho. na misterieza de te saber diferente e tão úbere e tão de areia densa. e tão polígono sim mas de mil estrelas...
Al.
Poderoso!!!!!!
beijo-Te.
HOJE É O TEU DIA!!!!!!
TÃO TEU.
BEIJO-te.
xeque ao REI
no amor(oso) tabuleiro
.
um beijo
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