ponto a ponto o espaço é desvendado pelo clarão
aquilo que é iluminado e curvo
porque a luz resguarda órbitas fenomenais
e os corpos alcançam significados pelo toque da iluminação
unos e tremendamente sós – no santuário
as velas choram um leite puro
quente, inocentemente amamentam
os seres que se movimentam na escuridão
ângulo verde:
o baile funesto de saprófitas, crescente miséria dos povos
ejaculação política num colorido envenenado
terreno inóspito, sem dúvida, e anda o indivíduo
a treinar as mãos na saca de grãos vinda do desespero
pobre coitado – ainda se aleija no veneno
o pão que a sociedade reveste de cívico no falar humano
cheio de pústulas e de magnetismo perturbador
simboliza a sucessão ininterrupta de blocos
imprevisíveis no âmago
mas capazes de gerarem um buraco negro
e criarem a falsa ilusão de consumarem nobre ofício:
o de esculpirem identidades
procura e oferta, hierarquias no esvair da matéria
e um amor de cinza acabado
nuns lábios por arder
somente um incorruptível prodígio na visão da criança
num êxtase raro
e talvez irrepetível na sua vida:
uma família numerosa reunida à mesa
empenhada a comer frutos secos no epílogo da consoada:
nozes, amêndoas, avelãs
mandíbulas, maxilares, dentes
ranger de cascas
o ruir dos tecidos
vultos compenetrados
a música orgânica
ritual de dentro
– o silêncio do arvoredo linguístico
aquilo que é iluminado e curvo
porque a luz resguarda órbitas fenomenais
e os corpos alcançam significados pelo toque da iluminação
unos e tremendamente sós – no santuário
as velas choram um leite puro
quente, inocentemente amamentam
os seres que se movimentam na escuridão
ângulo verde:
o baile funesto de saprófitas, crescente miséria dos povos
ejaculação política num colorido envenenado
terreno inóspito, sem dúvida, e anda o indivíduo
a treinar as mãos na saca de grãos vinda do desespero
pobre coitado – ainda se aleija no veneno
o pão que a sociedade reveste de cívico no falar humano
cheio de pústulas e de magnetismo perturbador
simboliza a sucessão ininterrupta de blocos
imprevisíveis no âmago
mas capazes de gerarem um buraco negro
e criarem a falsa ilusão de consumarem nobre ofício:
o de esculpirem identidades
procura e oferta, hierarquias no esvair da matéria
e um amor de cinza acabado
nuns lábios por arder
somente um incorruptível prodígio na visão da criança
num êxtase raro
e talvez irrepetível na sua vida:
uma família numerosa reunida à mesa
empenhada a comer frutos secos no epílogo da consoada:
nozes, amêndoas, avelãs
mandíbulas, maxilares, dentes
ranger de cascas
o ruir dos tecidos
vultos compenetrados
a música orgânica
ritual de dentro
– o silêncio do arvoredo linguístico
3 comentários:
a tua "língua" Al é uma densa floresta.
que a sabedoria desbrava para melhor SER.
em ti me encontro. e desfaço.
e abraço-te.
pelo tanto que és.
danço nas tuas palavras e não passo de uma bailarina calhandra
porque tu ,MAESTRO
dignifica.las sob a tua batuta
.
um beijo
acaso já te disse
que TE necessito para recordar
o sol?
sódade
( na voz de Cesária )
.
um beijo
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